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A MÚSICA E SEUS EFEITOS SUTIS NO CORPO DO HOMEM
29/12/2019 - 22h22
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A MÚSICA E SEUS EFEITOS SUTIS NO CORPO DO HOMEM

É a música uma forma, opção, dentro do mundo desequilibrado que estamos testemunhando, o mundo de Final de Ciclo. É uma opção relativamente acessível que temos ao nosso alcance para diminuir nossas tensões e angústias. 
 
Aqueles que têm contato regular com os nossos meios de comunicação acabam descobrindo uma forma de buscar a música adequada ao seu lazer e a sua tentativa de reequilíbrio. Nós temos as emissoras de rádio FM, que transmitem um som relativamente bom, isto é, bom em termos técnicos. Então, é a música um meio relativamente barato. Temos um mercado fonográfico variado e acessível, que nos possibilita a compra de discos. Até intuitivamente acabamos por encontrar o reequilíbrio que vinhamos procurando. 
 
Na busca da música, o indivíduo acaba por assistir a um concerto, que acreditamos ser um dos primeiros passos para se conhecer o grande valor que a música encerra, porque é num concerto ao vivo que se estabelece uma forma de empatia muito grande entre a plateia e o executante. Ao presenciar esse concerto, pode o indivíduo participar do manancial de vibrações ali geradas, o que vem despertar dentro de si um sentimento de prazer elevado, que poderá criar até um vínculo definitivo com a música. Vê então, o indivíduo, superada dentro de si, aquela tão comum impressão de monotonia e até de sono que é característica daqueles que ainda não aprenderam a apreciar a boa música. Isto é um fato muito comum e nós o testemunhamos muitas vezes. 
 
Numa instância final, após assistir àquele concerto, àquela execução, passa o indivíduo a vibrar na mesma sintonia. Começa, então, a valorizar o que já ouviu e passa a buscar uma forma, digamos, mais aprimorada ou racional de direcionar esse prazer, essa sua busca de reequilíbrio, já que é esta a nossa proposta no geral. 
 
Ao falarmos de música, temos de falar inicialmente de Som, porque, obviamente, a música nada mais é que um conjunto organizado de Sons. Sabemos que o Universo foi criado através de Sons. 
 
Todas as tradições religiosas e filosóficas estão de pleno acordo quanto a isto. Sabemos que o Eterno expressou o Seu poder criador por meio de vibrações sonoras. Então, todas as Tradições mencionam os Sons Sagrados, os Sons que construíram algo, algo que vem de cima para baixo e vai se formando nos diversos planos da Natureza, dos mais sutís aos mais grosseiros. A Tradição da Índia, por exemplo, refere-se ao OM, o Som Sagrado que remonta ao aspecto criador do Supremo Arquiteto. 
 
Temos aqui um ensinamento dos VEDAS, mais especificamente dos Katha Upanishad, que vem pautar, filosoficamente, aquilo que pretendemos expressar: 
 
 
"O Bom é uma coisa; o voluptuosamente agradável é outra. Os dois diferem em suas metas, mas ambos estão prontos para ação. Abençoados são os que escolhem o Bom; os que escolhem o voluptuosamente agradável erram o alvo". 
 
Tanto o Bom quanto o agradável se apresentam aos homens. Depois de examiná-los, os sábios distinguem um do outro: "O Sábio prefere o Bom ao agradável; o tolo, levado pelos desejos da carne, prefere o agradável ao Bom". Isto nada mais é do que a "Vigilância dos Sentidos", muitas vezes ouvida dentro da Sociedade Brasileira de Eubiose. 
 
Voltando a falar dos Sons criadores nas Tradições, nas Civilizações mais antigas, tudo isso era levado muito em consideração. Como já nos referimos, o OM, na filosofia indiana, e hoje na nossa, é o início de tudo. Tudo que existe no Universo advém desta simples palavrinha: OM. Então perguntarão: "Se tudo vem do OM, ao pronunciá-lo, estaríamos criando coisas?" Realmente, e aí está um grande mistério, um grande segredo, que é o que chamamos o poder do Mantran. É o poder de se pronunciar corretamente o Som, de tal forma que ele possa criar algo. Aquele que encontrar está chave, deverá, obviamente, adquirir muito poder. A grande dificuldade é que tal trabalho interno, a Iniciação, é o exercício de uma difícil Magia que somente poucos conseguem dominar. Na Índia, então, tudo o que se referia a Som era feito levando-se em conta a consonância com o OM. 
 
Na China, havia em correspondência à palavra OM, o Huang-Chuang. Tudo o que se fazia, em termos de Som e Música, estava em consonância com o Huang-Chuang, que literalmente significa "sino amarelo". Toda a manifestação sonora realizada na China, em épocas passadas, levava isto em conta. Hoje, com essa confusão toda reinante no mundo, tudo mudou. Assim, o indivíduo, para realizar uma composição na antiga China, tinha de ter em mente, a tonalidade em que se situava este Huang-Chuang. Mas como era essa tonalidade? É que se sabia que, sendo o processo evolutivo, contínuo e mutável, também o Huang-Chuang mudava. Tinha, então, a pessoa que se afinizar com este aspecto universal para realizar a sua obra; se não o fizesse, corria o risco de entrar em desarmonia consigo mesmo e, ainda, através de seu som, podia provocar desequilíbrio no próprio meio em que vivia. 
 
O Potencial criador do Eterno é expresso pelos sete tons fundamentais, que no plano em que vivemos tem sua manifestação sonora nas conhecidas sete notas musicais. Esta projeção de potencial se faz, então, através das chamadas Hierarquias Criadoras, os Construtores do Universo, os Sete Anjos de Presença da Tradição Cristã. Esse potencial sonoro se diversifica de tal forma que todos os aspectos da natureza nada mais são do que o resultado final, no mundo objetivo, de todo esse processo de criação. 
 
O nosso Mestre, o Professor Henrique José de Souza, deixou isto bem claro quando disse: 
 
 
"A evolução jamais se faria se o Verbo proferisse sempre as mesmas palavras". 
 
A Bíblia nos diz que Adão nomeou outros seres - nomeou os animais - e este nomear tem o sentido de emitir um som. O Adão (ou Adam), aí referido, era um ser superior, capaz de nomear e criar. Hoje em dia esse potencial criador do som tem sido usado em terapias, e mais adiante vamos dar alguns exemplos de como isto pode ser feito. 
 
Como já dissemos anteriormente, algumas civilizações mais tradicionais, como a Chinesa e a Indiana, levaram muito em conta tudo isso a ponto de, no caso da China, um certo imperador destinar a uma espécie de Ministério, a função de manter a música de seu país em concordância com o já citado Huang-Chuang, ou seja, afinada com essa vibração Divina. Daí, pode se imaginar o quanto isto deve ter sido importante para o florescimento da Civilização Chinesa. 
 
Aqueles que têm estudado os aspectos mais ocultos da Música, chegaram à conclusão de que a decadência das civilizações tem a ver com a decadência da Música. E isto, hoje em dia, é algo muito preocupante, em função do que se ouve por aí. Enfim, num final de Ciclo nada de muito bom poderia se esperar. Mas, cremos que se conseguirmos realizar um trabalho geral de
equilíbrio, incluindo a Música, poderemos, de uma forma ou outra, evitar que a decadência seja mais drástica. 
 
Os gregos antigos também souberam cultuar devidamente a Música. Todos os grandes sábios de então entenderam o quanto a Música representava para a Civilização Helênica. Platão, quando percebeu a decadência da Música e, consequentemente, da civilização, disse em "As Leis": 
 
"Néscios, iludiram-se pensando que não havia certo nem errado em Música, a qual seria julgada boa ou má, de acordo com o prazer que proporcionasse. Através da sua obra e da sua teoria, eles infestaram a massa com a presunção de se considerarem juízes adequados. Acontecia que o critério não era a Música, mas uma reputação de esperteza promíscua e um espírito de transgressão das leis". 
 
Vemos, então, o quanto esta afirmação nos vale ainda hoje. 
 
Fazendo-se um estudo histórico dos povos e levando-se sempre em consideração esse aspecto, podemos notar que, quando a música desses povos se tornou caótica, o caos passou a repercutir na estrutura social e política, provocando, por assim dizer, o declínio civilizatório desses mesmos povos. 
 
Não podemos negar que as diversas crises que hoje sofremos não tiveram suas raízes numa crise musical, visto que a música que hoje se faz é, de um modo geral, francamente decadente. Cremos que esta música só não é mais prejudicial por que aqueles que a fazem, a fazem mal e poucas vezes são conscientes. 
 
Deu para perceber que a música, quando executada, atinge determinados objetivos: ela pode prejudicar, pode revolucionar e pode elevar o indivíduo. Assim, diríamos que a Música encerra três principais propriedades: a elevação espiritual, o animismo sensorial e o hedonismo. 
 
A Elevação Espiritual é o objetivo de todo o processo iniciático, processo este que visa o aprimoramento de nossas faculdades internas e externas, até. O indivíduo, através de um processo global, pode se acercar desse objetivo. Daí o tão conhecido "Mens sana in corpore sano". 
 
Quanto à elevação espiritual, cremos que está totalmente expressa na música de Bach, Beethoven e Wagner, a tríade na qual acreditamos se apoiar a Música Ocidental. Através da música destes compositores, podemos ter os elementos auxiliares num processo iniciático. Não queremos aqui dizer que a música dos demais compositores sejam menos importantes. O que queremos deixar claro é que se fizermos uma análise histórica e filosófica da Música Ocidental, podemos concluir que as coisas aconteceram em torno desses três personagens. A Música que eles fizeram contém elementos que expressam desde a Criação até a Evolução da Humanidade e seu mundo. A obra de Wagner, por exemplo, fala basicamente do Homem, da sua problemática, sua construção e sua evolução. A obra de Beethoven está mais relacionada com o aspecto cosmo genético de um modo geral; como o Universo foi construído. A obra de Bach está ligada mais à alma, ao aspecto devocional, religioso, aquele ponto de ligação entre o Eterno e nós; é o que na Doutrina Yoga chamamos de Bakti. 
 
O Animismo é aquele nosso aspecto puramente emocional. É aquele tipo de Música que nos dá unicamente prazer, é um tipo de prazer, digamos, mais elevado, não unicamente sensual, até agradável de se ouvir. De um modo geral, aí se enquadram as músicas populares bem elaboradas e muitas das chamadas músicas de grandes mestres. Seria um tipo de música
descompromissado com um trabalho mais interno. A música popular contém muito desse aspecto sensorial. Se ouvirmos unicamente este tipo de música, certamente teríamos algum prejuízo, principalmente, levando em conta a nossa Iniciação. Devemos deixar bem claro que este tipo de música não é, de forma alguma, condenável. Se assim fosse, estaríamos, praticamente, condenando as músicas populares do mundo todo. O que ocorre é que a audição constante desta música nos impede de conhecermos o lado mais luminoso de nós mesmos. 
 
A música é uma forma de energia que, quando bem trabalhada e orientada, pode realmente contribuir para nossa caminhada em direção à espiritualização ou à busca de nosso EU mais interno.
 


   
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